Por Isabel Cristina Corgosinho
15 de nov. de 2022
O presente artigo trata de resgatar as reflexões sobre língua e literatura, a partir da compreensão responsiva do seminário A filosofia da linguagem como arte da escuta.
O presente artigo trata de resgatar as reflexões sobre língua e literatura, a partir da compreensão responsiva do seminário A filosofia da linguagem como arte da escuta[1]. Para tanto, recorremos à interpretação, a partir das reflexões apresentadas no seminário, de poemas de três autores brasileiros, que travam um dialógico jogo com as funções poética e metalinguística sobre língua e literatura.
No texto Babel e Pentecostes[2], Augusto Ponzio ressalta a ênfase de Bakhtin sobre o caráter semi-outro e condominial da palavra. A palavra é caracterizada como outra por estar fora da sua identidade, fora do paradigma de oposição binária. O intento da palavra outra é o encontro de alteridades e não de alternativas, uma palavra que se manifesta diferente e não indiferente _ palavra que em sua singularidade não é intercambiável. Na relação com o outro, a palavra outra é ação responsável e única.
A preocupação com a palavra outra também ocupou o pensamento de Italo Calvino. Na introdução sobre ao valor literário EXATIDÃO[3], o autor italiano fala da expansão do flagelo linguístico que se alastra pela linguagem, de modo a torná-la cada vez mais homogeneizada, incapaz de gerar força cognoscitiva. Automatizada, esse tipo de linguagem nivela a expressão em fórmulas genéricas, anônimas, abstratas; tende, dessa forma, a diluir os significados, causando embotamento dos pontos expressivos e responsável por “extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias”. Qual é a possibilidade de reverter esse processo de pestilência linguística que vem dos discursos políticos, da uniformização burocrática e, hoje, principalmente da homogeneização dos mass-media? “A literatura _ é a Terra prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.”
Em fina sintonia com Italo Calvino, Augusto Ponzio centra o seu interesse, ao interpretar as faces da palavra outra, pelas línguas e literaturas. A ideia comum entre linguistas e filósofos é a de que o pertencer da linguagem é do falante, da mesma forma que ele pertence a um grupo familiar, de trabalho, profissional, social, nacional. De forma que cada língua tem uma origem e igualmente cada falante. Acredita-se que nos dois casos a origem assegura a unidade e a unicidade de um processo de desenvolvimento.
No que diz respeito ao interesse pelas línguas, Ponzio esclarece que seu objetivo ultrapassa o entendimento da língua estrangeira pela sua função comunicativa, “mas acima de tudo por poder considerar a mesma língua que _ segundo o fantasma do conhecimento perfeito _ é denominada ‘própria com a distância que permite vê-la ‘com os olhos de uma outra língua”[4], como entende Bakhtin.
Sobre a compreensão e mal-entendido, Ponzio os entende como constituintes de uma relação afinada para o encontro de palavras, em condições para a escuta no seu significado de dar tempo ao outro, acolher com disposição a palavra dele. A escuta, nesse sentido, “é baseada em um claro pressentimento de ausência do outro, em uma forte sensação da sua falta, mesmo em sua presença, e em um desejo incondicional do seu dizer, da sua voz”[5]
Ao relembrar o último curso de Roland Barthes Como viver juntos, Ponzio observa que o problema da palavra é semelhante ao fato de viver juntos. Por que nessa relação de vivência em comum são de obstáculos todos os tipos de pertencimento, inclusive, os presumidos pertencimentos da palavra: individuais, de classe, de grupo profissional, de fé religiosa, de etnia, de cultura, de nação.
Ao preconceito de que Babel é uma maldição e Pentecoste, um milagre, Ponzio responde que viver juntos está entre Babel e Pentecoste. É preciso vencer o credo de que tudo daria certo e bem se existisse uma gramática universal ou uma língua nacional que requeresse apenas o esforço de aprendê-la. Segundo o estudioso bakhtiniano:
Trata-se e ver se no falar conosco mesmos, com os muitos eu das nossas palavras e com os outros _ não é mais rentável para a recíproca compreensão uma outra atitude. Essa consistirá em considerar que a única possibilidade de encontro entre a outra palavra de cada gaguejo e a palavra outra que acolhe e hospeda, que escuta, seria a consciência de que Pentecostes é a normal administração e que a felicidade da palavra, no sentido de um falar feliz e de um compreender feliz, reside mesmo em Babel. [6]
No quarto capítulo Palavra outra e língua estrangeira, Ponzio encontra no pensamento do filósofo Bakhtin as direções para pensar a libertação da palavra do monologismo da língua: os olhos de outra língua. A superação da visão monolinguística, a insubmissão daquilo que de forma pedante chamamos de língua própria, só é possível na relação com outra língua, a palavra outra, a língua “estrangeira”, a palavra “estrangeira”. Essa relação, no entanto, não pode ser pautada pelo controle do saber usar com fluidez a nova língua. Trata-se de pensar aqui em como instaurar a pluridiscursividade nesse confronto e a interação dialógica entre as línguas que permite, segundo Ponzio, a ruptura da visão monolinguistica e monológica da palavra.
Sobre os desafios da tradução, Henryk Siewierski[7] fala sobre a importância de um outro olhar para que aconteça a libertação da palavra do monologismo da língua.
(...) Eu diria ainda que para ter essa relação filial com uma língua o domínio perfeito não é condição sine qua non. O que é preciso é nascer nesta língua, mais cedo ou mais tarde, depois da nossa chegada ao mundo. (...) Ao traduzir para uma língua “não-materna”, o tradutor fica um pouco mais livre do instinto normativo e pode aventurar-se nas “zonas proibidas” da língua, com a chance de descobrir-lhes novas possibilidades, negociadas em seguida num diálogo com seus “porta-vozes”, ou seja, falantes da língua-alvo. Supõe-se que o tradutor-neófito na língua de chegada domina bem tal língua, mas nunca suficientemente para evitar os desvios e tropeços inadmissíveis do ponto de vista das normas vigentes. Estes desvios e tropeços, negociados com o “espírito da língua”, podem indicar resoluções novas, nunca dantes forjadas na língua-alvo e nunca aplicadas em traduções tradicionais, abrir novas possibilidades na exploração do potencial semiótico e dialógico do texto literário.[8]
A experiência de tradutor[9] reflete-se também na figuração da palavra poética, quando o tema enseja uma metalinguagem, como veremos um pouco mais adiante na leitura de seus poemas, do livro intitulado Outra Língua[10]. Nele encontramos uma série de poesias que nos permitem observar o eu lírico na relação de alteridade com a outra língua, na postura de compreensão respondente. Coloca-se no tempo da escuta, trava com ele uma relação dialógica:
WERONIKA
Weronika é a infância brasileira
Que não tive
Mas que me foi dada
Para aprender
A ser criança em brasileiro,
Algo tão importante
Como ler e escrever
Em português.
Em troca ensino a ela
A língua da minha infância
E assim brincamos
Numa infância bilíngue.
Em Weronika o aprendizado do português brasileiro não se dá de forma instrumentalizada, de submissão ao conhecimento pragmático da língua. A relação que se estabelece ultrapassa os caminhos corriqueiros e previsíveis do bilinguismo funcional. O eu lírico enseja nesse encontro o diálogo de alteridades, na troca de um sentimento verdadeiro, diria mais: de um amor verdadeiro entre duas línguas da infância, que brincam de aprender e ensinar. O que recebem é a renovação da língua, pela ludicidade amorosa de onde os iguala a infância. A língua da criança e a do poeta veem-se umas com os olhos de outra, dialogam entre si.
***
O cordão umbilical da língua-mãe[11]
Só serve até a fronteira
Desse ventre em que ninguém
Mais que uma vida aguenta.
O poeta encontra-se distante do país de origem, do lado de cá lança um olhar retrospectivo e renovador sobre a própria língua, que agora não lhe parece tão própria assim: concebe a fragilidade do cordão que os ligava _ fronteiriço. A fronteira de duas ou mais língua é um lugar de possibilidades reais de se ver de forma individualizada cada uma das línguas, de se descobrir que o corte se dá no encontro de outras línguas, mas no lugar de rompimentos opta-se pela inserção num mundo de palavras outras, onde o próprio ser ganha novas formas de olhar. A língua é a fronteira entre o tudo e o nada de outras culturas que se apresentam. O poeta é aquele ser desejoso de recriar-se, enquanto mira horizontes outros.
Como o corte é inevitável
e a tesoura não falha,
é bom aprender uma outra língua
para não começar tudo de nada
Em Perdoa-me, o olhar que focaliza a língua materna é exotópico e irônico: reconhece que ela foi instrumento importante na aquisição dos primeiros conhecimentos da escrita e da leitura, mas os horizontes ampliaram-se e visaram fronteiras outras: o poeta não quer ser mais um dos cantores utilitários e românticos, que ao lado da língua amada faz abundantes elogios às suas virtudes e a defende dos bárbaros invasores de sua norma culta e oficial, negando-se a colocar sua arte no veio produtivo do patrimônio nacionalista:
PERDOA-ME
Perdoa-me, língua materna.
tu, que me deste à luz,
recebeste tão pouco.
Em vez de ficar do teu lado,
fazer-te os saborosos pratos de poesia,
proteger dos bárbaros,
multiplicar o patrimônio,
Augusto Ponzio, ao discorrer sobre Palavra e escritura literária, diz que o ponto de vista transgrediente coloca-se em posição externa, na extralocalização, tornando-se, dessa forma, exotópico em relação à autoconsciência, requerendo dessa forma a palavra do outro. Por que apenas do ponto de vista da palavra outra, da palavra do outro, o sentido e o valor (que o eu no seu existir singular, na sua vivência, confere à própria palavra e a palavra do outro) podem ser configurados. O espaço, o tempo, o sentido, o valor da outra palavra de cada um para serem apreciáveis, compreensíveis, avaliáveis, além daquela representação, do ter-se tornado objeto, requerem um ponto de vista extralocalizado.
Desejoso de cruzar sua palavra outra de poesia singular com a palavra outra de interlocutor singular de outra língua, o poeta nasce outra vez: torna-se o outro de si mesmo, numa luz diferente de outras estrelas, desterritorializa-se para nascer outra vez sob a luz de estrelas outras.
fui nascer outra vez,
da outra,
e fiquei
longe de casa
numa luz diferente
das outras estrelas.
A música Língua, de Caetano Veloso[12] , vem ao encontro daquilo que almeja Calvino quando diz que a literatura é a Terra prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser. Podemos elencar em nossa interpretação os muitos sentidos que correspondem a esse desejo do autor italiano.
LínguaCaetano Veloso
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de CamõesGosto de ser e de estarE quero me dedicar a criar confusões de prosódiaE uma profusão de paródiasQue encurtem doresE furtem cores como camaleõesGosto do Pessoa na pessoaDa rosa no RosaE sei que a poesia está para a prosaAssim como o amor está para a amizadeE quem há de negar que esta lhe é superior?E deixe os Portugais morrerem à míngua"Minha pátria é minha língua"Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em póO que querO que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistasE o falso inglês relax dos surfistasSejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem MirandaE que o Chico Buarque de Holanda nos resgateE - xeque-mate - explique-nos LuandaOuçamos com atenção os deles e os delas da TV GloboSejamos o lobo do lobo do homemLobo do lobo do lobo do homemAdoro nomesNomes em ãDe coisas como rã e ímãÍmã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímãNomes de nomesComo Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabée Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em póO que querO que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma cançãoEstá provado que só é possível filosofar em alemãoBlitz quer dizer coriscoHollywood quer dizer AzevedoE o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medoA língua é minha pátriaE eu não tenho pátria, tenho mátriaE quero frátriaPoesia concreta, prosa caóticaÓtica futuraSamba-rap, chic-left com banana(- Será que ele está no Pão de Açúcar?- Tá craude brô- Você e tu- Lhe amo- Qué queu te faço, nego?- Bote ligeiro!- Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!- Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!- I like to spend some time in Mozambique- Arigatô, arigatô!)Nós canto-falamos como quem inveja negrosQue sofrem horrores no Gueto do HarlemLivros, discos, vídeos à mancheiaE deixa que digam, que pensem, que falem.
O primeiro sentido é a consciência de que seu canto está inserido no tempo grande da literatura, o que se evidencia nas citações dos nomes de grandes poetas que, no seu entendimento, enriqueceram a língua com a palavra outra da poesia e da prosa: Camões, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa, Chico Buarque e o próprio Olavo Bilac, entre outros. Isso faz com que o canto do poeta baiano se situe num diálogo inacabável, que ultrapassa os limites da contemporaneidade, a presença dos nomes de outros poetas se realiza por meio de um amplo jogo de remissões a outras palavras. Ao mesmo tempo em que a Língua, de Veloso, liga-se a um passado distante, a um contexto remoto, remete-a a um futuro também distante, a despeito de sua consciência das experiências de seu próprio tempo. Por esse motivo que Ezra Pound considera os bons poetas as antenas da raça, porque eles fazem ressoar suas poesias num diálogo infinito, e as fazem viver no tempo grande da literatura, como nos ensina Bakhtin.
No caso de Camões, Caetano quer roçar a sua língua: roçar no sentido de tocar sensualmente e roçar no sentido de cortar, libertar o português brasileiro do padrão linguístico da matriz colonial. A partir daí, o compositor vislumbra um projeto que se distancia do canto nacionalista sobre língua e cultura brasileiras. A carnavalização do seu canto está presente na retomada paródica do texto de Olavo Bilac, que oferece em seu poema Língua Portuguesa uma visão purista da língua frente ao uso pelos falantes brasileiros.
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,És, a um tempo, esplendor e sepultura:Ouro nativo, que na ganga impuraA bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.Tuba de alto clangor, lira singela,Que tens o trom e o silvo da procela,E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aromaDe virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",E em que Camões chorou, no exílio amargo,O gênio sem ventura e o amor sem brilho!(Olavo Bilac, in "Poesias")
Caetano, como bom paródico, dilui o Latim em pó, trazendo para seu canto os falares regionais, as variantes informais da língua do povo, do carnaval e dos estrangeirismos. O prosaísmo da canção do poeta baiano remete à noção de carnavalização de Bakhtin: nos espaços da praça o povo recria, por meio do riso paródico, os elementos vivos da cultura. A polifonia da composição de Caetano também se reveste do riso carnavalesco e no estilo sério-cômico, extraído dos parnasianos com os quais polemiza. Não é possível encontrar no poema uma consciência monologicamente compreensiva, mas uma pluralidade de cantos, onde se revelam diferentes pontos de vista, e toda arquitetônica do poema é construída de maneira que torna irremediável a discordância dialógica.
A Flor do Lácio, rememorada por Bilac, é completamente despetalada na sua pretensão da posse da língua pela pátria. Caetano responde que a língua é do povo, renasce nos movimentos carnavalizados da escola de samba Mangueira. As letra e música vão sendo compostas como uma atualização do manifesto antropofágico de Oswald de Andrade e sua antenada visão sobre os aspectos dialógicos da cultura e da estética. A palavra do poeta, dialogicizada nas vozes de outros poetas e pessoas comuns, permite uma experimentação sem limites de diferentes perspectivas, que lhe permite desfazer as barreiras do tempo e reascender o diálogo com os ouvintes de épocas póstumas.
Como recusa ao viés nacionalista de Bilac, quando associa a minha pátria à minha língua, o poeta tropicalista denuncia a visão patriarcal colonialista e pede mátria, do matriarcado de Pindorama e, por fim, deseja a frátria que é o desejo de nação centrado no outro, não apenas no outro colonizador, mas na alteridade, fraternal e acolhedora dos outros de outros territórios, e toda a contribuição que nasce e renasce de diversificadas intervenções culturais: do gênero elevado ao prosaísmo das falas da rua, da música com todos os vieses de etnias. Caetano homenageia a língua na perspectiva caleidoscópica de um elemento vivo, na transbordante dialogicidade com os demais elementos da cultura, sejam eles originários ou recém-chegados ao espaço cada vez mais fronteiriço que se chama nação.
Num fascinante exercício metalinguístico, Caetano brinca com as potencialidades semânticas e sonoras das palavras, que sempre remetem a outras, num jogo concretista de liberação infinita de construções de sentidos, próprio da palavra outra que é a literatura.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. A estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra.São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.
BILAC, Olavo. Poesias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1964.
CALVINO, Italo. Seis propostas para um próximo milênio: lições americanas. Trad. Ivo Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
PONZIO, Augusto. Procurando uma palavra outra. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010.
----------------------.A revolução bakhtiniana: o pensamento de Bakhtin e a ideologia contemporânea: São`Paulo: Contexto, 2011.
POUND, Ezra. A B C da literatura. São Paulo: Cultrix, 1970.
SIEWIERSKI, Henryk. Polonicus: revista de reflexão Brasil-Polônia. In.: Henryk Siewierski, um mediador múltiplo. Ano 1, n. 1, 2010.
__________________. Outra língua. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007.
__________________.Quatro poetas poloneses: Czesław Miłosz, Tadeusz Różewicz, Wisława Szymborska. Trad. de José Santiago Naud e Henryk Siewierski. Curitiba Secretaria do Estado da Cultura do Paraná, 1994.
VELOSO, Caetano. CD Línguas. 2007.
*A primeira versão desse artigo foi publicada no livro A escuta como lugar do diálogo – alargando os limites da identidade. São Carlos: Pedro & João Editores, 2012.
[1] O referido seminário foi realizado em 2011, na UFSCAR, com a presença dos professores da Universidade de Bari/Itália Augusto Ponzio, Susan Petrilli e Luciano Ponzio, este último da Universidade de Leche. [2] PONZIO, Augusto. Procurando uma palavra outra. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010. P.13 [3] CALVINO, Italo. Seis propostas para um próximo milênio: lições americanas. Trad. Ivo Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. P. 72 [4] PONZIO, Augusto, p.14 [5]Idem, p. 18. [6] Idem, p. 19. [7] SIEWIERSKI, Henryk. Polonicus: revista de reflexão Brasil-Polônia. In.: Henryk Siewierski, um mediador múltiplo. Ano 1, n. 1, 2010. [8] Idem, p.151. [9] Siewierski é poeta e tradutor, veio para o Brasil em 1986. Atualmente é professor titular da UnB. Entre os seus trabalhos de tradução destacamos do polonês para o português as obras Quatro poetas poloneses: Czesław Miłosz, Tadeusz Różewicz, Wisława Szymborska. Trad. José Santiago Naud e Henryk Siewierski. Curitiba Secretaria do Estado da Cultura do Paraná, 1994; NORWID, Cyprian. O Piano de Chopin. Trad. Marcelo Paiva de Souza e Henryk Siewierski. Brasília: Universidade de Brasília, 1994; e do português para o polonês os livros Mensagem de Fernando Pessoa; 33 Wiersze Brazylijskie: Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Mario Quintana. Biblioteka Iberyjska, 2011, entre outras. [10] SIEWIERSKI, Henryk. Outra língua. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007. [11] Esse poema abre o bloco temático intitulado Outra Língua p. 37. [12] CD Caetano Veloso – Língua. 2007